Junto do meu trabalho


Ainda na FAC
PENEI E PENEI...

Ainda na FAC


Entrevistada pela TVI

Produzida com Penas...


Vestida de acordo com o trabalho apresentado na FAC

CORPUS MEUM

O trabalho que apresentei na FAC

"CORPUS MEUM" / Técnica: Fotografia e tecnologia lenticular / Medidas: 160 x 160 cm

CORPUS MEUM


Liberdade


A mão do ser Humano, com um dedo oposto - o polegar - foi uma aquisição evolutiva extremamente importante, pois deu um poder de defesa e capacidade de modificar o meio ambiente...permitindo até pintar!
Justamente, são as mãos o meu principal instrumento na pintura, há mais de 30 anos.

Um dia, deixei de SENTIR AS MÃOS!
Experimentei várias sensações........até à ausência delas e achei que não tinha mãos!

Em finais de Novembro de 2004, fui submetida a uma intervenção cirúrgica à mão esquerda.A cirurgia foi a libertação do nervo mediano, ou um corte do ligamento anelar anterior do carpo.
Pois! A libertação do nervo!... Mas não a minha! Penei todo este tempo, até que em Agosto de 2007 dou por mim a fotografar a mão esquerda com a mão direita, pois é dela que se trata neste trabalho.

Recorri às novas tecnologias e acrescentei pontos eléctricos luminosos.
Imperceptíveis no primeiro olhar, representam os choques que senti, por cada nervo a ser libertado. A libertação de cada um passa por essa ausência de contornos, de amarras, de realidades, de barreiras.

A minha participação na FAC


Chamei à obra "CORPUS MEUM", porque se tratava do meu corpo e como gosto das raízes da nossa lingua - o Latim, intitulei assim: "CORPO MEU" ,em latim, no caso (o corpo)foquei-me na mão que foi operada.

Casa da Música do Porto


Seguem mais imagens que seleccionei entre muitas que fiz!
Entretanto, veio-me à memória os anos 60 no Porto...acabei o curso geral das Belas Artes do Porto em 1969, fui para Luanda para dez meses e voltei para Lisboa, quando acabei o curso.Vide foto no início desta página, antes dos contactos.
E não foi com a Casa Da Música que tudo começou....aguardem o texto e mais fotos.

As que achei melhores....outra vista da Casa da Música.

Como tudo começou!

Fui convidada, a participar na Feira deste ano, 2007, através da Galeria Quattro em Leiria, não tinha ideia do tema mas sabia que queria trabalhar na fotografia digital com recurso à tecnologia lenticular. Aconselhada pelo meu colega João Vieira, fui ao Porto, visitar o Estúdio ZML. Escolhi um hotel perto do estúdio e no percursso que fazia a pé, via sempre uma obra admirável!
Um dia fiz umas fotos, e não resisto em publicar, algumas delas e também referir um comentário de uma senhora (que não deve ser lá muito chegada às artes): Fotografa! filha! È um lindo monumento não haja dúvida!

A obra Arquitectónica é a Casa da Música do Porto!

Seguem algumas fotos da Casa da Música (que afinal as coloquei, antes deste texto!) e mais adiante o texto explicativo da obra apresentada na Feira.(FAC).

DEPOIS DA FEIRA....

Antes de falar da minha participação na Feira de Arte Contemporãnea
vou falar do que é para mim uma feira e o que me levou a fazer esta obra para este Evento.

Nos idos anos 80, (inícios), tive o previlégio de estar a viver em Paris com uma bolsa de estudo da Gulbenkian. Costumo dizer que percorri e pamilhei quilómetros a vêr Arte e Feiras de quase todos os Países, os mais importantes, e acompanhada por uma crítica de arte francesa, a Vêr e comprender para que serve uma Feira de Arte?

Pois tive esse previlégio e aprender o seguinte: Uma Feira de Arte Contemporãnea, é uma grande opurtunidade de um artista apresentar a sua criatividade, para um público tão vasto, que jamais consegue numa exposição individual!

O que me foi dito , vi e entendi, nesses anos 80, a Feira além de mostrar a maior criatividade também era Espectáculo! Daí haver obras desconsertantes e algumas bem bizarras para atraír a atenção do público, era essa a estratégia para vender outras obras mais clássicas e algumas até bastante valiosas, como por exemplo: Picasso, Miró e outros igualmente importantes! Essas vendas faziam-se no acervo do Stand, era uma prática, mais recorrente dos americanos e alemães, outros Países também a adoptaram. As Feiras tinham mais sucesso, até porque os preços eram mais apetecíveis, pois de uma Feira se tratava! Era assim uma boa opurtunidade!

Ao contrário dos dias de hoje, os preços são inflacionados e as performances ou atracções deixaram de existir, então em Portugal, essa prática era rara!
Como realizei performances nos finais dos anos 70 e devido a esta experiência internacional, assim que tive a opurtunidade de participar nas duas últimas feiras
fiz a Festa! Claro que dentro do conceito do meu trabalho, no ano 2006, o trabalho
que apresentei foi sobre as flores e suas senescências, as maiores mudanças vi na papoila, daí vestir-me de Papoila!
Este ano ao lerem o texto que me levou a exibir um grande chapéu com penas (vide fotos), foi a forma que encontrei, para demonstar as duras PENAS que PENEI , até ter a mão esquerda, capaz para trabalhar, depois de uma intervenção cirúrgica em Novembro de 2004.