Antes de falar da minha participação na Feira de Arte Contemporãnea
vou falar do que é para mim uma feira e o que me levou a fazer esta obra para este Evento.
Nos idos anos 80, (inícios), tive o previlégio de estar a viver em Paris com uma bolsa de estudo da Gulbenkian. Costumo dizer que percorri e pamilhei quilómetros a vêr Arte e Feiras de quase todos os Países, os mais importantes, e acompanhada por uma crítica de arte francesa, a Vêr e comprender para que serve uma Feira de Arte?
Pois tive esse previlégio e aprender o seguinte: Uma Feira de Arte Contemporãnea, é uma grande opurtunidade de um artista apresentar a sua criatividade, para um público tão vasto, que jamais consegue numa exposição individual!
O que me foi dito , vi e entendi, nesses anos 80, a Feira além de mostrar a maior criatividade também era Espectáculo! Daí haver obras desconsertantes e algumas bem bizarras para atraír a atenção do público, era essa a estratégia para vender outras obras mais clássicas e algumas até bastante valiosas, como por exemplo: Picasso, Miró e outros igualmente importantes! Essas vendas faziam-se no acervo do Stand, era uma prática, mais recorrente dos americanos e alemães, outros Países também a adoptaram. As Feiras tinham mais sucesso, até porque os preços eram mais apetecíveis, pois de uma Feira se tratava! Era assim uma boa opurtunidade!
Ao contrário dos dias de hoje, os preços são inflacionados e as performances ou atracções deixaram de existir, então em Portugal, essa prática era rara!
Como realizei performances nos finais dos anos 70 e devido a esta experiência internacional, assim que tive a opurtunidade de participar nas duas últimas feiras
fiz a Festa! Claro que dentro do conceito do meu trabalho, no ano 2006, o trabalho
que apresentei foi sobre as flores e suas senescências, as maiores mudanças vi na papoila, daí vestir-me de Papoila!
Este ano ao lerem o texto que me levou a exibir um grande chapéu com penas (vide fotos), foi a forma que encontrei, para demonstar as duras PENAS que PENEI , até ter a mão esquerda, capaz para trabalhar, depois de uma intervenção cirúrgica em Novembro de 2004.
Sem comentários:
Enviar um comentário